A maravilhosa máquina voadora da década de 30

Em março de 1940 em Frankfurt, estava sendo desmantelado um dos mais fantásticos engenhos voadores que existia até então. Depois de estar ali em exposição desde 8 de maio de 1937 quando encerrou suas operações, um ícone das máquinas voadoras estava sendo desmontado e encerrando suas atvidades para entrar na história.
Dirigível Graf Zeppelin no seu hangar na cidade Friedrichshafen Alemanha.


Na época do último vôo, nove anos depois do inaugural, ele tinha percorrido mais de um milhão de milhas, em 590 vôos, transportando milhares de passageiros e centenas de milhares de quilos de carga, com segurança e rapidez. Com muito luxo, elegância e eficiência, circulou todo o Planeta, ficou famoso em todo o mundo, inspirando uma “febre” internacional, que durou muitos anos.
Porém, sua gloriosa jornada começou quase uma década antes. Em 8 de julho de 1928 cerca de nove anos atrás da data do seu desmonte, a condessa Brandenstein-Helene Von Zeppelin batizava uma máquina apresentada como sendo a grande novidade pelos construtores da época, o LZ-127 passou a ser o "Graf Zeppelin", um dirigível que se tornaria dono dos céus do mundo. Dois meses depois, partiu de Friedrichshafen e começou seu longo reinado a serviço daqueles que podiam pagar por suas luxuosas viagens. O gigante voador pairou no ar desbravando mares e continentes por quase uma década.
O Graf Zeppelin foi um dos mais conhecidos da era dos dirigíveis, fez seu primeiro vôo em 18 de setembro de 1928, sob o comando do Hugo Eckener. A nave decolou e voou um pouco mais de três horas antes de regressar à sua base em Friedrichshafen. Depois disso uma série de vôos de teste bem sucedido foram realizados, nos quais o novo dirigível alemão foi mostrado para os moradores da cidade de Ulm, Nuremberga, Wurzburg, Frankfurt, Wiesbaden, Colônia, Dusseldorf, Bremen, cidade natal de Hugo Eckener de Flensburg, Hamburgo, Berlim, Leipzig e Dresden.
No dia 11 de outubro de 1928 partiu de Friedrichshafen para seu primeiro vôo com passageiros, no qual realizaria sua primeira grande proeza, a cruzada do atlântico para chegar a América do Norte. Sob o comando de Hugo Eckener, o dirigível levava 40 membros da tripulação e 20 passageiros entre os quais se encontravam o oficial da marinha americana, Charles E. Rosendahl e uma repórter de jornal chamada Lady Grace Drummond-Hay a única mulher abordo. Durante o vôo alguns eventos naturais quase provocam um desastre. Na manhã do dia 13 de outubro ele se viu dentro de uma linha de instabilidade, o capitão Eckener uncharacteristically, conhecido por ser muito cauteloso com o mau tempo, tinha entrado em uma forte tempestade, o momento fica dramático para todos que estavam a bordo, pois outro dirigível tinha quebrado em circunstâncias semelhantes. A reparação dos danos causados pela tempestade foi feita em vôo, e o LZ-127 Graf Zeppelin tinha vencido o seu primeiro grande imprevisto de viagem. Os reparos de emergência foram bem sucedidos, porém o dirigível encontraria um segundo desafio, ao passar pelas Bermudas, outra frente de instabilidade ameaça a reputação do grande vôo. Mas mesmo não estando em condições perfeitas e temporariamente reparado, ele passa por mais essa ameaça alcançando à costa americana na manhã do dia 15 de outubro e se tornando um transatlântico. Depois de ter vencido os ventos, ter ficado sem água e comida o Graf Zeppelin, Eckener, sua tripulação e seus passageiros, foram recebidos como heróis pelo entusiasmado público americano, e homenageados com um desfile em Nova Iorque, com todo charme e romantismo característico da época.
Após duas semanas de reparos, Graf Zeppelin Lakehurst partiu em 29 de outubro de 1928 para seu retorno à Alemanha. O vôo de regresso levou 71 horas e 49 minutos, ou pouco menos de três dias. Cumprindo sua primeira grande missão, o dirigível iniciava em definitivo a jornada de 9 anos voando pelo céu do planeta, em busca dos mais fantásticos destinos.



Da esquerda: Batizado de LZ-127 em 8 de julho de 1928 pela condessa Brandenstein-Helene Von Zeppelin. - Da direita: A barbatana da porta danificada após a chegada em Lakehurst, (vista do piso do hangar)


LZ-127 Graf Zeppelin desembarque em Los Angeles, 1929. Cidade em que fez uma parada durante
a estadia nos Estados Unidos.

Dirigível Graf Zeppelin no seu hangar na cidade Friedrichshafen Alemanha.

Rota do grande Graf Zeppelin para atravessar o Atlântico. (ele fez vôos de apresentação em várias
cidade dos Estados Unidos , antes de retornar)
Imagens do retorno do dirigível à Nova York em 1929 depois de uma longa turnê pelo mundo.

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